Evento debate a importância da inclusão digital da faixa 50+ e o combate à desinformação e fake news

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Publicado por: Comunicação Frente Digital

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O Instituto Cidadania Digital, com o apoio da Frente Parlamentar Mista Digital, e a Meta, organizaram um café da manhã para tratar da importância da inclusão digital da faixa etária de 50+. No evento, também foi discutida a necessidade de se combater a desinformação e fake news, assim como os respectivos mecanismos de checagem.

O bate papo ocorreu nesta quarta-feira (18), em Brasília. Como convidado, o senador Eduardo Gomes (PL/TO) ressaltou as barreiras e preconceitos da faixa sênior ao tentar integrar o mundo digital. “A presença do idoso nas redes é uma coisa a ser estudada e enfrentada a partir do próprio contato com a máquina e com o ambiente digital. Mas, pesquisas internas indicam que há um medo muito maior deste contato por conta dos preconceitos e barreiras que eles precisam enfrentar”, explicou.

Como citou o professo Diogo Reis, da Universidade Mackenzie, durante o evento, “informação é poder, desinformação é muito mais”. Portanto, é preciso olhar com atenção o usuário que enviou uma mensagem falsa, pois ele também foi vítima daquele processo. Ainda, na visão do especialista, há uma “dimensão emocional” por trás das mensagens que impedem a checagem das informações. “Há uma camada de usuários que se apegam à informação e que não confere o que foi visto, pelo conforto emocional daquela mensagem”, explicou.

A mediadora do evento, a jornalista Lilian Witte Fibe, concordou com o professor: “a gente vê que realmente falta um diálogo e muita gente acaba se fechando nos espaços. São como tribos que não querem ler o que não interessa, ou não querem ouvir outras opiniões”, disse.

Influenciadora digital com um público de mulheres acima de 60 anos, Claudia Grande relatou que falta de checagem dos idosos se da pela preocupação em ajudar rapidamente um amigo ou familiar. “Essa pessoa tem uma intenção muito boa em passar a mensagem para o amigo que quer proteger, por isso não tinha raciocinado se aquilo fazia mal, ela só queria ajudar. Eu tiro muito essa culpa do usuário, porque ela não se sente culpada, ela está querendo ajudar. E esse é o maior problema”, explicou.

Em concordância, o jornalista Sérgio Lúdtke, diretor do projeto “Comprova”, defendeu que é preciso entender o que há nas mensagens falsas que comove o usuário e o leva a compartilhar o conteúdo. “A gente tem que primeiro entender porque essa pessoa caiu naquilo, porque ele se interessou por aquele conteúdo e, principalmente, o que tem naquela informação que o fez acreditar e querer passar pra frente”, pontuou.

Diante ao debate, a presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, defendeu o espaço digital como um ambiente de inclusão à terceira idade. “A tecnologia é um fator de inclusão social, de inclusão econômica. O uso seguro da tecnologia e do ambiente digital faz com que o idoso também se torne um cidadão ativo e participativo, até mesmo do processo democrático”, defendeu.

Pela necessidade de integrar o público 50+ nas redes e evitar a desinformação e fake news, a Meta lançou, durante o evento, a campanha “Não passe vergonha nos grupos – aprenda a identificar boatos nas redes”. O curso é gratuito e oferece dicas de checagem das mensagens do usuários do whatsapp, com lições diárias de 5 a 7 minutos. No Brasil, a campanha tem como parceiro o projeto “Comprova” e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), tendo as aulas apresentadas pelos jornalistas Boris Casoy e Lilian Witte Fibe.

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