A Frente Parlamentar Digital, em parceria com o LIFT Learning, realizou na última quarta-feira (30/11) a “Mesa Digital: Criptoeconomia e o Futuro do Dinheiro”. O evento, apoiado pela Bitso e pelo Instituto Cidadania Digital, ocorreu durante toda a manhã e reuniu parlamentares e especialistas para discutir sobre o cenário e os desafios da criptoeconomia no Brasil.
Entre os presentes estavam os deputados federais Áureo Ribeiro (SOLIDARIEDADE-RJ) e Expedito Netto (PSD-RO), responsáveis pelo projeto de lei 4401/2021, aprovado no Plenário da Câmara na terça-feira, 29 de novembro. O PL trata sobre a regulamentação de criptomoedas, um dos tópicos abordados na mesa digital.
“Com a proposta, a gente quis dar segurança econômica e jurídica para quem quer transacionar no nosso país, para que não sejamos surpreendidos e os investidores sejam prejudicados”, explicou o parlamentar Áureo Ribeiro, autor da proposta.
Já o relator do texto, deputado Expedito Netto, reforçou a importância do setor criptomoedas para o mercado digital. “A tecnologia usada nas moedas digitais ainda vai ser utilizada em várias áreas e com isso a gente quer que outros países descubram que aqui no Brasil há um terreno fértil para esse mercado”, comentou.
A tecnologia também foi pauta na roda de conversa entre especialistas. Para o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Accioly, a regulação precisa atender às novas tecnologias e se adequar às modificações crescentes que o meio empreende.
O coordenador do Programa LIFT Challenge e mediador do bate-papo, Ricardo Paixão, acrescentou à fala do presidente da CVM que “os avanços feitos em meios de pagamento a partir dessas tecnologias têm proporcionado impacto e inclusão social para as classes mais desfavorecidas.”
Segundo o coordenador do Programa Real Digital do Banco Central (BACEN), Fábio Araújo, em termos de benefícios sociais, os principais dessa modalidade de moeda são os ganhos em eficiência e a democratização do acesso a investimento, visto que o Brasil já conta com meios eficientes de pagamento instantâneo, mas carece de avanços para ampliar a transação entre bancos privados, públicos e investimento digital.
Ainda no debate, o coordenador do Programa LIFT Challenge do BACEN, Aristides Cavalcante, disse que outro desafio do ramo é proporcionar aos cidadãos tecnologias financeiras que mais atendam a necessidade e preferências dos usuários. Por isso, “é essencial que empresas, órgãos reguladores e universidades se empenhem em promover capacitação e habilitação de pessoas em novas tecnologias”, finalizou.